Brasil, poucos dias antes do Carnaval, registra calor e internações. “Mas não vamos parar a festa”

Faltando apenas algumas semanas para o Carnaval , o Rio de Janeiro está enfrentando uma onda de calor recorde. "Em janeiro, mais de 3.000 pessoas foram atendidas em serviços de emergência municipais devido ao calor intenso", principalmente por casos de queimaduras por exposição ao sol ou desidratação, explica Daniel Soranz , secretário de Saúde da cidade brasileira. “Um número quase o dobro em relação aos anos anteriores, quando esse número rondava os 1.600-1.700”, especifica o administrador público

O Rio atingiu pela primeira vez, nesta segunda-feira, o quarto dos cinco níveis de alerta de calor estabelecidos pelas autoridades municipais, em vigor desde junho passado e baseados na “temperatura sentida”, parâmetro que considera a combinação do valor térmico e da umidade relativa do ar. Trata-se de um "índice de calor muito alto", de 40 a 44° C , que deve permanecer "por pelo menos três dias consecutivos". A máxima esperada para hoje é de 42.

Porque a festa não vai parar

“Durante o verão, geralmente estamos no nível 3, onde é suficiente fazer recomendações sobre hidratação ou exposição direta ao sol. Mas no nível 4 , você pode recomendar a suspensão de atividades ao ar livre ou a redução da jornada de trabalho para pessoas que realizam uma atividade em pleno sol”, diz Soranz.

O governante, porém, descarta a "suspensão do carnaval" de 28 de fevereiro a 8 de março , que atrai centenas de milhares de turistas ao Rio. Os serviços municipais “continuarão a convidar os participantes a se protegerem” durante as horas mais quentes do dia. Lembre-se que o famoso desfile das escolas de samba acontece "à noite, quando está mais fresco".

Quanto aos desfiles de carnaval de rua, que acontecem durante o dia, "os mais importantes acontecem no início da manhã ou no final da tarde".

A atual onda de calor também está afetando outras regiões do Brasil . O maior país da América Latina tem sido particularmente afetado por eventos climáticos extremos nos últimos anos, incluindo secas históricas e inundações devastadoras que, segundo especialistas, estão relacionadas ao aquecimento global.